Telefone celular previne o Alzheimer

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As ondas do telefone celular poderiam proteger do mal de Alzheimer e inclusive reverter seu curso, segundo um estudo realizado com ratos por cientistas da Universidade do Sul da Flórida e publicado ontem. O trabalho, que oferece uma nova esperança aos pacientes de Alzheimer, se soma a outros dois relatórios conhecidos também ontem que destacam respectivamente o desenvolvimento de fármacos contra enzimas específicas para seu tratamento e o desenho de um scanner cerebral para detectar a doença em jovens saudáveis.

O mal de Alzheimer afeta milhões de pessoas e se caracteriza pela perda progressiva da memória e leva a demência e a morte do paciente. Até o momento incurável e terminal, esta doença degenerativa foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Ela afeta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas.

Conforme os cientistas da Universidade da Flórida, os milhões de fãs do celular têm uma nova desculpa para seguir utilizando o equipamento. Em um relatório publicado pelo Journal of Alzheimer's Disease, os cientistas indicam que em experiências com cem ratos provou que a exposição às ondas eletromagnéticas do aparelho pode proteger e até reverter os sintomas do Alzheimer.

"Ficamos surpresos em descobrir que a exposição ao celular protegeu a memória de ratos que estariam condenados ao Alzheimer", indicou Gary Arendash, professor do centro de pesquisas. "Mas o maior assombroso foi constatar que as ondas eletromagnéticas dos celulares revertiam o desequilíbrio na memória dos ratos", acrescentou. Os cientistas explicaram que nos roedores as ondas eliminavam e preveniam a formação das camadas de proteína beta-amilóide, características da doença.

Para o experimento, os ratos foram fechados durante nove meses em uma jaula e foram expostos a ondas similares às de um celular.

Induzidos geneticamente para desenvolver a doença, os roedores se mantiveram saudáveis.Sua memória não foi afetada e também não mostraram sinais de demência.

Nos ratos mais velhos com problemas de memória, os mesmos desapareceram, o que sugere a possibilidade de se alcançar um efeito similar em humanos, afirmaram os cientistas.

Paralelamente, outro estudo divulgado pela revista Science revelou que os cientistas da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins combinaram fármacos para inibir moderadamente as enzimas beta-secretase e gama-secretase.

Segundo assinalaram, esse tratamento poderia ser mais efetivo que os tratamentos dirigidos contra uma só dessas duas enzimas. Estudos anteriores tinham demonstrado que a produção das placas é reduzida com a inibição das enzimas.

Os cientistas descobriram também que nos ratos o tratamento de inibição enzimática tem efeitos colaterais perigosos. Por exemplo, a inibição do beta-secretase afeta as funções neurológicas e induz sintomas de esquizofrenia.

A da gama-secretase provoca anormalidades, defeitos de desenvolvimento, a aparição de tumores na pelee a redução do período de vida dos animais. Esta nova técnica ajuda a reduzir a produção das placas beta-amilóides sem efeitos colaterais adversos, afirmaram os cientistas no estudo.

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